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quarta-feira

O Brasil não tem povo.

O Brasil não tem povo, tem público, diria o escritor Afonso H. Lima Barreto, no livro Triste fim de Policarpo Quaresma.
Triste constatação, que relutamos fazer. Triste verdade que só nos resta aceitar. Não passivamente, nada passivamente, nunca passivamente.
Ouvi tantas vezes que aos políticos interessa a ignorância do povo, que a chamada industria da seca no nordeste foi criada e é mantida pelos ricos usineiros e coronéis, que vivem dos empréstimos concedidos por causa da seca e jamais saldados, em razão dela, que as favelas são mantidas por quem explora a miséria dos favelados traduzida em votos fáceis para eleições difíceis.
Aprendi que a Justiça só é cega, para não se deixar influenciar por coisa outra que não a igualdade perante a lei.
Escrevi que a esperança e o trabalho são ferramentas que devemos transformar em armas para combater todas as formas de injustiça.
Ensinei que para cada escola construída, precisaremos de menos uma cadeia.

Ouvi mal, aprendi pouco, escrevi mal e ensinei ao público e não ao povo. Em tudo e por tudo, percebe-se claramente que se o povo é só público e quer apenas pão e circo, é porque talvez seja induzido a isso, a achar que a esperança é um jogo como a loteria, onde pouquíssimos ganham, embora quase todos apostem mais do que podem ou devem .
E é por isso que tantos acham que não vale a pena continuar lutando, que o que mais se ouve é que nada vai mudar, que os políticos são muito bons só para si mesmos.
Eu também acho que o esforço é muito grande e mudar é quase impossível, mas que é dessa dificuldade que devemos buscar forças e atuarmos. Deveríamos ser todos atores, mas, pelo menos temos público, podemos encenar e como todo trabalho bem feito, no final surte efeito, seremos recompensados no sucesso e aplaudidos afinal.

Marinho Guzman


Postado originalmente em julho de 2.005 no blog da Comunidade Guarujá em Debate
http://guarujaemdebate.spaces.live.com/?_c11_BlogPart_BlogPart=blogview&_c=BlogPart&partqs=cat%3dMarinho%2520Guzman

Veja outros textos de outros colaboradores no blog acima

Um comentário:

Cindy Santos disse...

Concordo qm genero, numero e grau, com a observação de Lima Barreto.
Porem, dizer que "povo" faz o que pode e aposta como pode na loteria da esperança, me parece uma forma de escudo para a alienação brasileira.
A cultura brasileira parece ter se acomodado á uma politica de indiferença e imparcialidade á tudo que pode piorar.
Mudar a concepção, preguçosamente massante, de nação brasileira, é muito mais que justifica-la.
As soluções devem se basear em uma reforma moral e intelectual da politica da informação e da educação brasileira.
Educar cidadãos e nao copiadores de informação.

Obrigada pela Atenção.