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domingo

Camelôs


Camelôs tomam conta da Avenida Thiago Ferreira
A Tribuna Digital
Tadeu Ferreira Jr.

Para organizar o comércio informal que tomava conta da Avenida Thiago Ferreira, principal corredor comercial de Guarujá e um dos mais populares da Baixada Santista, a Prefeitura criou 124 boxes em dois camelódromos no Distrito de Vicente de Carvalho em 2003.

Passados sete anos, por falta de um controle rígido por parte da Administração, a Thiago Ferreira abriga, além destes pequenos espaços, barracas e mais barracas que tomam conta das calçadas, ofertando uma gama de produtos que parece interminável: de bananas e CDs piratas a perfumes e relógios sem qualquer garantia de procedência.

Sem cerimônia, algumas barracas desafiam o pedestre a trafegar pela rua. Uma delas espalhou mais de 20 cadeiras para servir lanches aos clientes. A situação, além de significar um estorvo no aspecto estético, está tirando o sono de comerciantes formais que, apesar de pagarem altos impostos, são submetidos à concorrência desleal com os camelôs, principalmente os que vendem os chamados produtos piratas.

Cansado de ver a proliferação das barracas pela Avenida Thiago Ferreira e a inanição do Poder Público mesmo após inúmeras reclamações feitas ao longo dos anos, o comerciante Antônio Nogueira Bernardo, um dos mais antigos do Distrito – estabelecido com sua relojoaria há 35 anos –, chegou a fazer um levantamento informal no ano passado e identificou 68 camelôs. “Hoje, deve haver uns 150, pelo menos”, calculou.

Um dos motivos, segundo ele, é a migração ilegal de ambulantes. Aproveitando-se da falta de fiscalização, parte deles, apesar de ter licença para atuar em outros bairros, se concentra na Avenida Thiago Ferreira. “Já vi vendedores de batata frita e churros com licença para a Enseada; de acarajé vindo do Perequê; de côco com permissão das Astúrias, e por aí vai”, destacou.

Terceiros

A Tribuna abordou alguns ambulantes da Thiago Ferreira para saber a origem de suas licenças e encontrou uma situação no mínimo curiosa: a grande maioria não quis falar, alegando que não são os donos das barracas e carrinhos, mas apenas “funcionários” – demonstrando que o critério no tocante ao aspecto social, que deveria pautar a distribuição de licenças, talvez necessite ser revisto.

A situação está trazendo prejuízos diretos à Câmara dos Dirigentes Lojistas de Guarujá (CDL), com sede em Vicente de Carvalho. De acordo com o presidente Hassen Ahmad Hammoud, a entidade está sofrendo constantes pedidos de desfiliação de comerciantes. “O Boticário tem um ambulante vendendo perfumes em sua porta e uma padaria passou a concorrer com uma barraca de lanches. Isso é justo?”.

Conforme Hammoud, os lojistas entendem que a CDL não está cumprindo com o papel de entidade representativa. Ele negou, justificando que chegou a pedir ação à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico no início do ano passado. “Pedi uma atitude porque sabia que sobraria para a CDL”, observou.

O pedido, segundo ele, não surtiu efeito. “A cada metro tem um ambulante. Não é possível a Thiago Ferreira desse jeito. Deficiente ou cliente com sacolas não conseguem transitar. Tem calçada com mais de dez botijões de gás, qualquer hora pode ocorrer uma desgraça e não há fiscalização”, concluiu.

Saída

Embora tenha estabelecimento formal e pague impostos por isso, Antônio Nogueira Bernardo decidiu ser radical na concorrência com os ambulantes. Passou a vender relógios iguais aos dos camelôs por R$ 60,00, R$ 10,00 mais baratos e com garantia de três meses. “Guarujá é uma terra sem leis. Se fizerem mais dois camelódromos, vai continuar do mesmo jeito”, desabafou.

Prefeitura

Em nota, a assessoria de imprensa da Prefeitura de Guarujá informou que está desenvolvendo um trabalho de ordenamento e reestruturação da Avenida Thiago Ferreira. Segundo a Prefeitura, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico está elaborando projeto para ação multidisciplinar com a finalidade de conter possíveis abusos praticados por ambulantes ou comerciantes estabelecidos.

Para isso, garante que a fiscalização atua intensivamente, orientando e autuando quando necessário. Atualmente, 1.245 ambulantes estão cadastrados no Município, mais 151 expositores nas feiras de artesanato de Pitangueiras (83) e Astúrias (68). A Administração Municipal não soube informar a quantidade de licenças expedidas por bairro.