Foi uma grata surpresa reencontrar ontem no Mosca Frita, o Inconfidente e inconsequente, Manoel Vergara.
Depois de quase dois anos, tendo notícias dele exclusivamente pelas ácidas e bem humoradas críticas aos funcionários públicos, aos vereadores, prefeitos, governadores e até mesmo aos seus amigos e vizinhos de muro, o Mané continua incansáve fazendo o que sabe, e o que todos nós deveríamos fazer. Continua reclamando.
Cidadão que paga os impostos quando dá, judia do carro velho que nem sempre funciona, quebrando-o ainda mais nos buracos das nossas ruas, que não pode circular com ele quando chove, porque estão alagadas. Mané, pai de dois filhos que precisam estudar em escolas publicas, um deles deficiente e carente de cuidados especiais.
Mané que encontra grandes dificuldades, até mais que todos nós, para ter um pouco, do muito que o poder público está obrigado a disponibilizar.
Alguns reclamam que o Mané pega pesado com os políticos, chamando-os de ladrões, incompetentes, corruptos e insensíveis.
Eu concordo! Concordo com o Mané!
Nem todos os políticos são ladrões corruptos, só maioria. Os demais são no mínimo incompetentes ou insensíveis.
Mas podem ter certeza, de que antes de partir para as ofensas o Mané tentou, de todas as formas educadas e civilizadas ser atendido e ver reconhecidos e seus pleitos e direitos.
Centenas de prefeitos de outras cidades já foram cassados e perderam seus cargos por muito menos do que o Mané pleiteou e lhe foi negado, coisas que ele descobriu, publicou ou denunciou inclusive ao Ministério Público.
Sabemos que a Justiça quase sempre tarda, muitas vezes falha e que a Justiça que tarda é por si só uma injustiça.
Qualquer cidadão que não seja ignorante, acomodado, ou vendido e soubesse fazer como o Mané sabe, faria o mesmo ou pior, se fosse tratado como o Mané é tratado por muita gente. Como palhaço bobão que ele não é.
É aí que vem a razão do título. Há pelo menos dois tipos de palhaços. Aquele reverenciado pela arte de representar entreter e se expressar com maestria,como o Mané, ator inteligente, que usa a fantasia para dar bem o seu recado.
Figura reverenciada e homenageada por nós e por grandes personalidades de todas as áreas e o outro, o palhaço tido como irresponsável, bobalhão, tolo que pode ser enganado sem oferecer qualquer reação.
Mané é sim um palhaço. Um doce, inteligente e bem informado palhaço, conhecedor das leis e do direito, e representa o papel.
Para desespero dos detratores, transforma-os dessa maneira, de autores em vítimas com suas fundamentadas chacotas.
Bem humorado apesar dos pesares é o mais capaz que eu conheço. O Mané não é advogado nem jornalista formado mas sabe escrever como poucos e conhece ou descobre, leis que chegamos a duvidar que existam.
Tirando alguns dos seus muitos defeitos, coisa que todos nós também temos, o Mané é um palhaço que representa, de uma certa forma, nós palhaços do sistema.
Perguntei uma vez mais ao Mané se ele seria candidato a vereador nas próximas eleições e sua resposta foi categórica, como desde que o conheço. Não! E elencou uma vez mais os motivos que não repito porque acho que não são verdadeiros nem válidos.
Precisamos dar ao Mané, o reconhecimento público de que queremos uma oposição séria e firme como a dele representando a todos nós.
Precisamos do Mané na Câmara, cidadão a quem já foi negado até o Direito Constitucional de falar na como cidadão na casa do povo.
É de um desses palhaços sérios que precisamos, agora como vereador.
Chega das palhaçadas dos mesmos.
Queremos um palhaço, que se for preciso, faça o circo pegar fogo.