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segunda-feira

Forças policiais e autoridades da Baixada Santista dizem não acreditar na migração de traficantes do Rio

Eduardo Velozo Fuccia

Créditos: Alberto Marques
Vinda de traficantes foi descartada por todos
A eventual migração de criminosos cariocas à Baixada Santista, por causa do cerco que se fecha contra eles com a instalação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no Rio de Janeiro, é um assunto na pauta dos comandos das polícias Civil e Militar na região. Porém, até o momento, ele não chega a preocupar.

“Não desprezamos nada. No entanto, uma coisa é um bandido fugir de sua área, e outra, se instalar em outro local, montando nova base de atuação. Não se trata de algo tão simples assim, porque requer ter contatos na nova região e conhecê-la muito bem”, explica o delegado seccional da Polícia Civil em Santos, Rony da Silva Oliveira. A Seccional também engloba São Vicente, Guarujá, Praia Grande, Cubatão e Bertioga.

Responsável por uma área de atuação maior, porque dela fazem parte o Litoral Sul e o Vale do Ribeira, o coronel Sérgio Del Bel Júnior, do 6º Comando de Policiamento do Interior (CPI/6) da Polícia Militar, tem opinião idêntica.

“Os cenários do Rio de Janeiro e da nossa região são completamente diferentes. Aqui, não existe favela, morro ou comunidade, como queiram, onde policiais não entrem a qualquer hora. Isso não quer dizer que em certos locais não possam ocorrer confrontos devido à reação dos marginais. Mas a realidade daqui não impõe a mesma estratégia de ocupação adotada no Rio”, acrescenta o comandante da PM.

Del Bel ainda se baseia em números para fundamentar a sua descrença em um movimento migratório de bandidos do Rio para a Baixada Santista. “Por semana, centenas de prisões são realizadas por aqui. Porém, desde que começaram a ser implantadas as UPPs, não chega a cinco o número de criminosos oriundos daquele Estado capturados. Além disso, nenhum deles possuía expressão ou vínculo com facções”.

Não entrou na conta de lideranças da polícia a prisão de Rosilani Tauil, acusada de integrar uma milícia no Rio
Miliciana

O coronel Del Bel desprezou, em seu balanço, a captura de Rosilani Nascimento Tauil, no último dia 1º, em São Vicente. Com prisão preventiva decretada pela falecida juíza Patrícia Acioli em processo de homicídio, no qual também é réu um cabo da PM, Rosilani é acusada de integrar uma milícia comandada pelo policial militar em São Gonçalo (RJ).

A preventiva foi decretada em 29 de junho. No dia 12 de agosto, a juíza foi executada a tiros ao chegar em sua casa, em Niterói. Titular da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, a magistrada se notabilizou por condenar policiais militares envolvidos em milícias e grupos de extermínio. Onze PMs, entre os quais um coronel e um tenente, estão presos, acusados de participar da emboscada.

De forma espontânea, o delegado Rony Oliveira cita a prisão da miliciana carioca, mas para reforçar a tese de que a instalação na região de criminosos forasteiros não é fácil. “No mês passado, dois bandidos perigosos de Belo Horizonte, envolvidos no tráfico e em atentados a PMs na capital mineira, foram capturados na região. Essas prisões decorreram de um intercâmbio entre as polícias de ambos os estados”.

Com essa observação, o seccional enfatiza que a fuga de um criminoso de um Estado significa ao bandido continuar no foco das autoridades do lugar de onde saiu e entrar na mira daquelas do local onde procurou refúgio.

Independentemente desse trabalho, Rony Oliveira e Del Bel apostam em um constante “monitoramento” por parte dos setores de inteligência das polícias Civil e Militar para detectar qualquer movimento migratório de marginais de outras regiões.

Porém, garantem que, até o momento, nada nesse sentido foi constatado.

“A PM paulista montou um planejamento para monitorar as divisas do Estado”, diz o comandante Sérgio Del Bel
Prefeitos: vários partidos, visão igual

 Os prefeitos de Santos, São Vicente, Guarujá, Praia Grande, Cubatão e Bertioga têm um discurso afinado quando o assunto é a vinda para a região de criminosos do Rio, em razão da repressão policial feita nos territórios que dominavam.

Os seus partidos variam, mas as opiniões de João Paulo Papa (PMDB), Tercio Garcia (PSB), Maria Antonieta de Brito (PMDB), Roberto Francisco dos Santos (PSDB), Marcia Rosa (PT) e José Mauro Orlandini (DEM) se igualam.

Todos acreditam ser remota a possibilidade de um êxodo de marginais cariocas para a Baixada Santista em decorrência das UPPs. Eles também consideram desnecessário para a região o modelo de ocupação adotado pelo Governo do Rio de Janeiro.

Na justificativa desse ponto de vista, os chefes do Executivo apontam investimentos sociais em seus municípios, que os colocam em situação diferente da verificada nas áreas do Rio dominadas pelas facções criminosas e milícias.

Tercio Garcia, por exemplo, enaltece que “São Vicente mantém a média de edificar 1,3 casa por dia desde 2005”, contribuindo para reduzir os índices gerais de criminalidade.

Marcia Rosa destaca o “amplo trabalho em termos sociais e de cidadania” implementado em Cubatão, mas reconhece a necessidade de se aumentar os efetivos das polícias Civil e Militar na cidade.

João Paulo Papa, de Santos, entende que bandidos de fora não têm interesse em vir à região
“A valorização das crianças e dos jovens”, com o oferecimento de cursos gratuitos, é uma das contribuições de Bertioga para marcar a presença do Poder Público, principalmente, nas áreas carentes, conforme argumenta Mauro Orlandini.

Roberto Francisco dos Santos aposta em “medidas preventivas, como infraestrutura básica, assistência social, saúde e educação, para não dar espaço em Praia Grande à criminalidade que avançou no Rio de Janeiro”.

“Garantir o exercício da cidadania àqueles que moram em áreas menos favorecidas”, segundo Maria Antonieta, também é uma “ação de segurança” desenvolvida em Guarujá, além das ações policiais propriamente ditas.

Sem destoar dos seus colegas, Papa ainda apresenta uma visão interessante sobre a improbabilidade de marginais do Rio procurarem a região para se instalar, por fazer uma análise do crime sob o aspecto mercantil.

Segundo o prefeito santista, a região e, particularmente, Santos não terão aumento de consumo de drogas só por eventualmente a oferta aumentar. Para isso, é necessário haver um efetivo aumento do número de usuários, frustrando, sob o ponto de vista econômico, a migração de traficantes de fora.

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