Chove e chove muito na cidade.
As ruas estão alagadas por causa
do lixo que entope os bueiros, causando congestionamento nas ruas que só
comportam engarrafamento de um carro. A infeliz permissão de estacionar dos
dois lados da rua permite a ocupação dois terços da via transitável.
Alguns perguntarão onde
estacionar tantos veículos? E eu respondo, nos estacionamentos que estão vazios
porque o turista ou veranista prefere deixar na rua, onde não paga, do que
deixar nos estacionamentos regularmente estabelecidos que geram empregos e
impostos.
Os comerciantes já perceberam que
essa temporada será a pior dos últimos anos. Os sobreviventes estão contabilizando vendas mais
de cinquenta por cento inferiores ao ano passado, que já foi muito ruim.
Já falei do shopping de verão do
Hotel Casa Grande. Fiasco seria uma palavra muito boa para adjetivar o desastre
completo daquele que já foi um templo de consumo e do bom gosto.
A denominada Feirinha Hippie da
Praia de Pitangueiras tem muita gente, mas não vende nada. Resistiu à onda de
se transformar em um monte de lojinhas de roupas de mau gosto, péssima qualidade
e procedência duvidosa, como a das Astúrias, que já mudou de nome e nem usa
mais a palavra artesanato.
Lá, os boxes que também são
cedidos a permissionários pela prefeitura (sabe-se lá com que critério), foram
alugados ou vendidos a pequenos comerciantes que vendem de tudo um pouco. Isso
mesmo, um pouco. Tão pouco que a lei da oferta e da procura vai se encarregando
de fazer a justiça que a fiscalização faz vistas grossas. Vão vender tão pouco
e com pequena lucratividade e tanta concorrência, que mal vai dar para pagar o
aluguel para os donos espertalhões e as funcionárias.
Os restaurantes do Guarujá têm
melhor sorte. Estão sempre cheios e vão faturar o suficiente para arcar com os
custos depois da temporada. Lucro de verdade que é bom, como havia antigamente,
onde se ganhava dinheiro para trocar de carro e até mesmo comprar uma
propriedade nunca mais. Um deles ficou famosíssimo na mídia nacional esse ano porque seu proprietário matou o
cliente pela grande diferença de R$7,00 na conta.
O s postos de saúde e hospitais
também não vão se queixar da falta de pacientes. Dengue, diarreia, intoxicação
alimentar, lesões corporais e tiros vão deixar esses locais sempre lotados.
Com muitas reclamações e com
contas milionárias a serem pagas pelos proprietários de imóveis, que não têm
nada com isso, e que serão chamados a cobrir os grandes rombos com o dinheiro
do IPTU.
E os fogos, as bandas e o
carnaval? Deveriam ser terminantemente proibidos com dinheiro publico.
A prefeitura que quisesse fazer
festa deveria buscar apoio das empresas que faturam barbaridade e levam o
dinheiro embora, a saber, as cervejeiras, os vendedores de água, sucos, coco
etc.
E os quiosques? Esse é um assunto
que eu gosto sempre de abordar porque parece milagre. Multiplicam-se a cada ano,
produzem lixo e nem sequer se dão ao luxo de embalar corretamente. De um tempo
para cá fizeram banheiros e duchas para vender banho e sabe-se lá onde despejam
essa água e esses dejetos. Alguns falam do número de empregos que geram, mas eu
gostaria de ver o livro de registro de empregados e as carteiras de trabalho.
Uma mentirada descarada que só não termina no Ministério do Trabalho porque
essas pessoas, muitas delas menores, têm medo e pouco conhecimento dos seus
direitos.
Assunto vasto, a temporada de
2.013 vai ser rápida e dolorida. Muitos já avaliam seus prejuízos e contam que
a temporada de verdade só vai do dia 28 de dezembro a 6 de janeiro.
A chuva que caiu nesses dias não
deu para lavar a égua, como se diz mas vai servir para levar muita gente para o
buraco.
Já ia me esquecendo da falta dos
banheiros públicos. Nem mesmo os químicos foram colocados. Sem banheiros, todos
os frequentadores do Guarujá vão ter de ver de perto a merda que está a cidade
e optar por fazer as suas merdas nas próprias casas ou no mar.
Isso é fantástico!
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