A promotora de Justiça Leida Diniz de Teresina no Piauí encaminhou,
na quarta-feira, uma recomendação à Prefeitura daquela cidade, proibindo a
destinação de recursos públicos para o Carnaval 2013. Para ela, o Estado
democrático agoniza diante da insensibilidade de governantes que não conferem
validade aos princípios de legalidade e moralidade, preferindo jogar fora os
recursos públicos, esquecendo-se do interesse público acima citado.
Isso deveria ser feito em todos os municípios do Brasil e o
não cumprimento da recomendação punido como malversação do dinheiro público.
Não há que se falar que o carnaval não será feito, que não
será uma grande festa e que deixará de trazer diversão e alegria para o povo por
não ser patrocinado pelas prefeituras ou pelos estados.
A iniciativa privada quando chamada para organizar
espetáculos de qualquer natureza, sejam jogos de futebol, competições automobilísticas
e shows de cantores e bandas não só promove com sucesso como ainda obtém lucro.
É certo, que todo e qualquer
dinheiro público usado no carnaval é mal usado e acaba beneficiando sem concorrência,
as figurinhas carimbadas de sempre, muitas vezes ligadas a setores pouco
ortodoxos da sociedade.
Enquanto postos de saúde têm falta de médicos, de leitos, de
remédios, equipamento essencial desativado por falta de manutenção, tudo isso
exatamente pela falta de dinheiro, Guarujá gastou no carnaval de 2.012, segundo
as estimativas mais otimistas cerca de treze milhões de reais com a montagem de
arquibancadas, fornecimento de alimentos e patrocínio para diversas entidades,
a maioria criada exclusivamente para esse fim.
Se somados os gastos com as festas juninas, os shows
promovidos pela Prefeitura Municipal do Guarujá e o dinheiro gasto com a
propaganda para divulgação das parcas obras, Guarujá poderia ter fornecido mais
do que pão e circo e não teria atirado seus munícipes mais carentes na arena
dos desesperados à sanha dos leões.
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