Diz um velho ditado que amigo de meu inimigo ou é meu inimigo ou não é meu amigo. Isso seria radical demais e poderia sugerir até preconceito.
Mas, partindo da premissa que se o cara conseguiu ser meu inimigo e de que para isso terá sido preciso quebrar algumas, senão muitas, regras de educação e convivência das quais sou ardoroso defensor, o cara que é meu inimigo não deve ser boa bisca, como diriam algumas amigas da Amanda.
Vai daí que em época de eleições, alguns amigos tentam me convencer de que não se deve tomar partido e explicitamente dizer que não houve nos últimos sete ou oito administrações um prefeito que pudesse ser chamado de razoável e de honesto.
Aceitar como razoabilidade ter enriquecido como alguns, que direta ou indiretamente são ou foram donos de muitas propriedades, conseguidas nos anos do mandato, seria de uma cara de pau que poderia me levar a perder a amizade com quem fizesse essa defesa ou ficasse por aí alardeando que fulano ou sicrano são boas pessoas.
Admiro, posso até ser fã e usuário de uma certa retórica, mas certamente perde muito no meu conceito quem usa da palavra para defender algumas pessoas, sem falar que parece muito com “ficar em cima do muro” para ver se não consegue uma boquinha, caso qualquer um deles volte ou consiga ser eleito para administrar a cidade.
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