Mestres em responder às perguntas
com outras, de mudar de assunto sem que a maioria perceba e de tentar convencer
que os fins justificam os meios, temos visto os maus políticos levarem vantagem
quase sempre.
São eleitos em voto de protesto,
permanecem imerecidamente nos cargos por força do arcaico sistema judiciário e
ressurgem das cinzas como fênix, porque os que vêm chegando são piores dos que
não foram.
Guarujá perdeu a chance de manter
a qualidade de vida e o glamour que havia conquistado faz mais de vinte anos.
Conta um amigo, corretor de
imóveis de sucesso na cidade, que ao ser eleito Waldir Tamburus carregava a esperança
dele e do pessoal mais esclarecido, que percebia a catástrofe que poderia
ocorrer caso as invasões que geravam as favelas não fossem contidas.
A completa falta de ação gerada
pelo erro naquela escolha desencadeou a decepção do empresariado e a ascensão
de Maurici Mariano, segundo quem o conheceu nas origens, advogado pobre, sem
brilho na profissão e um agudo conhecimento da arte de embromar.
Nem bom orador, nem alto e
bonitão, nem bem quisto nem mal quisto, Maurici Mariano tomou fácil as rédeas
da política local e permitiu que uma das muitas criações do prefeito Jaime Dayge,
o bairro de Morrinhos fosse transformado em moeda política nos primeiros anos e
força política depois de assentadas algumas das centenas de famílias oriundas
das favelas. Milhares de outras foram preteridas na doação daqueles terrenos,
privilegiando vereadores da época que os doaram a correligionários,
inviabilizando o que na época poderia ser a solução para acabar com as favelas.
Tido por muitos como político que
fazia política vinte e quatro horas por dia, Maurici Mariano incentivou de fato
a grande e triste obra que vemos hoje. Milhares de favelados que precisam de
quase tudo administrações sucessivas que fizeram quase nada.
Continuo, quando der, com as
administrações de Maurici Mariano e histórias que andam na boca do povo.
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