Boa parte do prazer de
olhar o mar, andar no calçadão da Praia de Pitangueiras e curtir
essa beleza com que o Guarujá foi presenteada por Deus está se
perdendo pelo desprazer de sentir o cheiro de fritura emanado dos
carrinhos de comidas, que são verdadeiros restaurantes nas areias.
Esse cheiro se espalha
pela areia e atinge os prédios que são barreiras que impedem a
dissipação.
Uma ligeira olhada mostra
que se vende de tudo na praia sem o menor controle.
É triste olhar para
cadeiras e guarda-sóis velhos, rasgados e desbotados, bicicletas
largadas na areia, barracas de todos os tipos, de sermos obrigados
a que conviver com atendentes mal vestidos que cheiram bebida
barata, carros velhos e podres estacionados de qualquer maneira na
avenida da praia, e finalmente saber, que tudo isso nos é impingido
por pessoas privilegiadas por alvarás distribuídos sem critério,
transferências e licenças obtidas por favores políticos e perceber
nitidamente que jã não basta dizer que Guarujá não é a mesma.
Está irreconhecível e
tristemente nivelada tão por baixo que certamente provocará com o
tempo novo êxodo que vai rebaixar ainda mais a outrora Pérola do
Atlântico.
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