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domingo

Você conhece o “Peixe Panga”?: Entenda a Polêmica…


Por: Márcio Bezerra | 
Polêmica sobre Pangasius: Boatos ou Verdades?
Vários leitores do nosso blog, por e-mail ou pessoalmente, têm nos procurado para perguntar sobre a veracidade de um e-mail que tem sido divulgado na internet falando sobre um peixe chamado “panga”.
Para que não conhece ainda, esse peixe tem sido amplamente vendido na forma de filé congelado nos supermercados tanto em Fortaleza quanto em vários outros Estados de nossa Federação.



O que diz o polêmico e-mail sobre o “panga”?…
O e-mail relata uma série de denúncias relativas à qualidade do peixe colocando em xeque o seu aspecto sanitário e que poderia comprometer a saúde dos consumidores que compram esse tipo de pescado.
Conhecendo o “panga”…
Na verdade, o “panga” é conhecido vulgarmente no Brasil e em vários países como “Pangasius”. Cientificamente falando: Pangasius Hypophthalmus.  Ele é um Siluriformes que pertence à família Pangasidae com mais de 20 espécies diferentes e é popularmente chamado de “tubarão-bagre” por causa de suas acentuadas nadadeiras dorsais. Dois membros desta família podem ser cultivados, o Pangasius hypophthalmus (vietnamita: Tra) e o P. bocourti (vietnamita: Basa).
O “panga” é cultivado há mais de mil anos no Rio Mekong, no Vietnã, um dos maiores rios do mundo, localizado no sudeste asiático. Há muitos anos, é exportado para mais de 240 nações, entre elas os Estados Unidos, todos os países da Comunidade Européia, Japão, Rússia, Austrália, entre outros.
Sua rusticidade e adaptação fantástica ao cultivo colocaram esse peixe como uma das “estrelas” da aquicultura vietnamita e mundial. Associada a tudo isso, a qualidade sensorial do peixe (sabor, odor, etc..) é muito interessante e tem atendido positivamente aos paladares dos consumidores. A forma na qual o “panga” é mais vendido aqui no Brasil é na forma de filés congelados que podem apresentar tamanhos e colorações diferentes.
As práticas operacionais na cadeia de produção do “panga” aliada ao cenário e políticas econômicas internas no Vietnã tem dado ao produto uma competitividade ímpar para que possa aproveitar a “onda global” de comércio de pescado no mundo e avançar suas vendas, em especial, nos países em desenvolvimento, como o Brasil que passou a ser alvo dos vietnamitas.
Filés de Panga: Entre a mesa de casa e dos debates polêmicos
Uma curiosidade: Para vocês terem uma ideia da importância econômica desse peixe para economia vietnamita, basta olhar para os números expressivos da produção desse peixe naquele país: Aproximadamente 800.000 toneladas!… Isso mesmo… Mais que o dobro que a aquicultura brasileira produz com todas as espécies cultivadas juntas…
Veja aqui um vídeo da indústria do “panga” no Vietnã… É só clicar no link abaixo:
A concorrência entra em ação?…
Uma das teses levantadas por diversos trabalhos como a do Prof. Phill Scott (Universidade Santa Úrsula/BRA) quando retratou o que chamou de “complô contra o salmão”; Foram que com o crescente fracasso observado em todo o mundo, em alcançar a sustentabilidade dos estoques pesqueiros, sem dúvidas, a aqüicultura tornou-se uma alternativa viável e econômica para oferecer pescado fresco e saudável para o consumidor atento à qualidade de alimentos. Assim, os confrontos abertos ou velados entre os fornecedores tradicionais de pescados (leia-se pesca extrativa) e os novos empresários da aqüicultura deverão tornar-se cada vez mais frequentes.
Há possibilidades nesse processo de campanhas difamatórias e com contra-informações à produtos importados pela própria indústria nacional, visto que sobre o argumento da competitividade desleal, o produto importado pode atingir em cheio as vendas dos produtores locais em seus mercados domésticos, e, por conseguinte, os lucros da indústria aquícola e pesqueira nacional.
Não se sabe ao certo quem foram os autores do polêmico e-mail ”anti-panga”, entretanto este se apresenta com características similares às campanhas realizadas contra outros tipos de pescado pelo mundo.
O que diz o Governo Brasileiro?… Estamos protegidos?…
O Governo Brasileiro através do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) -  Secretaria de Defesa Agropecuária – Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA) – Divisão de Inspeção de Pescado e Derivados (DIPES) após as denúncias veiculadas na internet, publicou uma nota técnica onde informa que foi realizada em Dezembro de 2009, uma missão sanitária ao Vietnã para verificar se o sistema de inspeção daquele país é equivalente ao adotado no Brasil.
Nessa oportuna missão foram inspecionadas indústrias que pleiteavam a exportação do panga para o Brasil, assim como foram auditados os controles sanitários exercidos pela autoridade sanitária vietnamita (NAFIQAD).
A autoridade sanitária brasileira confirmou “muita seriedade” nos controles das indústrias e no monitoramento dos perigos relacionados com a segurança dos produtos por ela elaborados que estavam sempre sob a verificação da autoridade sanitária oficial comprovada com documentos e evidência das auditorias. A auditoria ainda concluiu que existem laboratórios “atuantes” e “estruturados” de suporte ao monitoramento dos processos de cultivo e elaboração dos produtos pesqueiros no Vietnã.
Fazenda de Cultivo de Panga no Vietnã: Próximo alvo das auditorias do Governo Brasileiro
A nota técnica ainda afirma que as desconformidades encontradas nas práticas indústriais entre os dois países (Brasil e Vietnã) não foram razões suficientes para justificar a suspensão da autorização de exportação do peixe “panga” para o Brasil sob o ponto de vista sanitário. Vale ressaltar que o NAFIQAD ficou incumbido de acompanhar as ações corretivas necessárias a sanar as deficiências e encaminhar os resultados para o Brasil.
Solucionadas as pendências relacionadas ao processo industrial, estão em avaliação, os controles relativos ao processo de produção primária (fazendas de cultivo). Para tal, tanto o MAPA através da Coordenação de Resíduos e Contaminantes, quanto o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) através do Setor de Sanidade Aquícola estão avaliando a situação e, preventivamente, este último abriu procedimento de análise de risco de importação específico para esse produto, ou seja, para conseguirem a liberação de entrada no país, as empresas necessitam comprovar uma série de informações prévias para o produto entrar no Brasil.
Para concluir, a conclusão dessa avaliação poderá ser visualizada na próxima missão ao Vietnã que está agendada para Março de 2012. Nessa oportunidade, os procedimentos relativos às fazendas e suas unidades laboratoriais de controle serão analisados pelas autoridades brasileiras.
Nota do Blogger: Em se tratando de alimentação humana, com o advento da internet, temos acesso a inúmeras possibilidades de informação. Cabe a nós, filtrarmos os excessos e buscar sempre as informações sérias e oficiais junto aos órgãos e/ou instituições que trabalham diretamente com o tema.
No caso do “panga” não podemos agir diferente. Num mercado de pescado como o Brasil que é considerado o maior importador de pescado da América Latina, os comerciantes tentarão impor aos consumidores todas as suas possibilidades e perfis de produto.
Cabe, não apenas aos setores produtivos da indústria nacional e a academia através das Universidades e Institutos Federais e suas pesquisas no segmento de tecnologia do pescado, mas a todos os consumidores, fiscalizar os possíveis excessos e/ou fraudes nos produtos pesqueiros importados e informar à autoridade competente para que não transformemos esse mercado diverso e multifacetado, num mercado inseguro para os consumidores que desejam se aventurar no mundo do pescado que, indiscutivelmente, tem sido um complemento interessante na dieta saudável de muitos consumidores no Brasil e no Mundo.
 Fontes utilizadas:
Fotos do post: Imagens Google.

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