Conseg denuncia situação calamitosa de jovens em Guarujá

Conseg denuncia situação calamitosa de jovens em Guarujá

Na reunião de agosto do Conseg Guarujá Enseada (Conselho Comunitário de Segurança, organização de interesse público), ficou claro que os problemas com a segurança no município tendem a ficar cada vez piores – e que a solução deve ser buscada por toda a sociedade.

Vários depoimentos demonstraram a preocupação com o enorme aumento de favelas na cidade nos últimos anos, relacionado ao aumento do número de eventos e da expansão da hotelaria, que atraem cada vez mais visitantes e turistas de um dia.O quadro se agrava porque não houve aumento da quantidade de policiais e viaturas; pelo contrário, a Polícia Civil tem um contingente menor do que tinha há alguns anos. Este assunto foi debatido em reunião na ACEG – Associação Comercial e Empresarial de Guarujá no mês de junho e tem sido matéria de reportagens constantes, como lembra o presidente do Conseg, José Eduardo Buitron. Por estas razões os presentes decidiram reforçar os pedidos de aumento do efetivo, das viaturas e de equipamentos para as unidades afetas ao Conseg Enseada – Pernambuco e Perequê à Secretaria de Segurança Pública e aos comandos das Polícias, bem como a efetivação com urgência, da Delegacia da Enseada, aprovada no papel, porém não instalada.

Participaram da reunião também o vice-presidente José Augusto Antunes, a 1ª secretária Cláudia Bispo Santos (também gerente do Instituto Brasil Verdade), o Diretor Social e de Assuntos Comunitários José Antônio Lourido, o membro da Comissão de Ética e Disciplina Antônio Mariano da Silva, o Dr. Cláudio Rossi – Delegado Titular de Guarujá, o Tenente PM Sidney Antonio dos Santos, Comandante Interino da 5ª Cia. da Polícia Militar, Luciano Amadeu, Guarda Civil Municipal e a Sra. Marizete Aparecida da Silva (Mai), presidente da ONG Meninos da Enseada.

A Sra. Marizete apresentou seu projeto com crianças em situação de extremo risco, com meninas de 12 anos prostituídas e consumidores de drogas, informando que dos 120 formandos no processo de inclusão social da ONG Meninos da Enseada, 46 estão trabalhando. Segundo a Sra. Mai, a situação dos menores é gravíssima e se nada definitivo for feito, “em 5 anos a cidade estará numa situação de calamidade, uma situação inviável” para a convivência social.

Segundo o presidente do Conseg, “Essa percepção da Sra. Mai nos deixa extremamente preocupados e com a certeza de que a sociedade tem que trabalhar, em conjunto, por programas sociais e de inclusão, resgatando, ou trazendo, as crianças e jovens para uma vida digna.” O Sr. Temos a mais absoluta certeza que a educação é o único caminho possível para o desenvolvimento e bem estar da comunidade. Buitron acrescenta que “Precisamos exigir que o Estado, em todos os níveis, cumpra seu papel e aplique as verbas nas áreas de educação e saúde. Por outro lado, não podemos esquecer que quando o Estado não está presente o espaço é ocupado pela marginalidade e pelo crime.” O IBV é parceiro do CONSEG através do patrocínio de cursos para formação de porteiros de condomínios – mais de 400 já foram formados em 14 edições do curso.

Fonte: Instituto Brasil Verdade