AQUI NÃO!!!!
O que se viu nessa temporada de
2.008 no Guarujá, além das costumeiras queixas "demais", foi gente
“de menos”.
Não posso falar que foi a metade,
nem ninguém vai falar que foi o dobro. Ninguém contou! Como a lua, o que não
cresce, diminui.
Eu não tenho obrigação de fazer
pesquisas, contar gente, nem elaborar estatísticas.
O governo sim! Mas governante
está preocupado só com a arrecadação, para não dizer que os maus governantes
têm de continuamente apagar os incêndios que a oposição semeia.
Uns sérios, outros menos sérios.
Mas todas graves denúncias, que levam a escândalos de todos os tipos.
Não é preciso ser oposição (eu
não sou) para dizer que, mercê da incompetência das nossas sucessivas
administrações, o Guarujá está cada vez mais feio. Mais feio e mais cheio de
pobres. Aviso a todos que o problema não é não gostar ou não de pobre, o
problema é que eu, nem ninguém, gosta de ser pobre.
Minto, político gosta de pobre,
porque pobre está sempre precisando de favor e esmola e pronto para vender
barato seu voto desqualificado.
Mas o Guarujá está ficando pobre.
Os comerciantes do Guarujá estão
ficando pobres.
E comerciante do Guarujá é pior
que pobre. Nem favor ou socorro sabe pedir.
Ricas estão ficando as grandes
redes como as Casas Bahia, os Supermercados da Rede Pão de Açúcar, as redes de
farmácia.
Esses ganham o dinheiro aqui e
levam de helicóptero e jatinho o lucro para Trancoso.
Não há mais açougues, padarias,
papelarias e outros pequenos comércios que sustentaram as famílias que fizeram
o Guarujá.
Li recentemente mais um desabafo
dos poucos que chegam à imprensa, de um comerciante que ainda tem um fio de voz
para reclamar da concorrência desleal dos shoppings de verão e da vergonha que
é o loteamento das praias e das praças.
Dizia ele que a Associação
Comercial do Guarujá deveria lutar pelos comerciantes radicados na cidade. Para
quem não sabe, Guarujá tem uma Associação Comercial, mas desafio que ela mostre
as reclamações que faz aos poderes constituídos a favor de seus associados.
O título “Aqui não!” é ideia
antiga de que os problemas sociais devem, sim, ser discutidos.
Mas não na avenida da praia, não
expondo os pobres de todas as demais cidades desfilando na outrora Pérola, na
passarela da cidade.
Todas as reivindicações de
comerciantes, turistas, veranistas e moradores são respondidos com desculpas de
problemas crônicos da nossa economia e problemas sociais.
Esses problemas estão levando
nossa cidade a ser a passarela dos pobres, sem teto e abandonados.
Pelo amor de Deus! Na avenida da
praia?
Aqui não!
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