Escrito em 08 de janeiro de 2.012 o texto é atualíssimo e mostra que o guarujaense não tem auto estima,não consegue fazer valer seus direitos e que as autoridades não têm vergonha na cara.
Não sei jogar snooker mas já vi alguns jogos e não vale dar
uma tacada e acertar a bola em qualquer caçapa. Tem que “cantar” em qual delas
a bola vai entrar.
Se encaçapar a branca é suicídio.
Caçapa cantada, no final dessa temporada todos os
comerciantes, quiosqueiros, ambulantes, prestadores de serviços, enfim, todo
mundo que precisa ganhar dinheiro na temporada vai dizer que essa foi a pior
temporada dos últimos anos.
Segundo muitos corretores de imóveis, pouquíssimos
apartamentos foram alugados.
Não vai ser diferente dos últimos anos, pelo menos dos
últimos dez ou vinte anos.
Claro que alguns puxa-sacos e os jornalecos “vendidos” vão
alardear que a temporada de 2.012 foi ótima. Para eles foi mesmo. Depois de
atacarem com ou sem razão a atual administração, milagrosamente começaram a
achar que agora vai...
Uma análise superficial desses jornalecos vai mostra que um
“cala boca” faz mais diferença do que uma boa e ou má administração, do que as
obras necessárias, as executadas e as que foram esquecidas.
Alguém já me disse que
nenhum prefeito administrou o Guarujá sem o apoio dos jornalecos. Mesmo
que eles não quisessem os jornalecos davam. Ou vendiam...
Mas o assunto é temporada fraca. Não há como dizer que a
culpa pela temporada decepcionante é exclusiva da administração, dessa
administração ou de um fato isolado.
É a conjugação de fatores que vai da ignorância à
incompetência, passando pela indiferença e pela suposição que dá para enganar
todo mundo por todo o tempo.
Quando os últimos prefeitos ignoraram o problema das
frituras e outras ilegalidades nas praias, achando que não deveriam desgostar
os ambulantes, desgostaram milhares de proprietários de imóveis que deixaram de
vir ou pelo menos diminuíram a frequência das suas vindas ao Guarujá.
Quando os últimos prefeitos ignoraram as regras básicas de
higiene e não obrigaram os condomínios e comerciantes a colocarem seus lixos
apropriadamente e na hora certa nas portas, incentivaram hordas de catadores de
latinhas a desmontarem sacos frágeis e espalharem o lixo nas calçadas. Outros
tantos milhares de frequentadores não deixaram de observar que uma cidade que
não cuida apropriadamente do seu lixo e varre o lixo para baixo do tapete pode
estar escondendo muito mais coisas.
E os moradores e frequentadores que percebem a falta dos
banheiros, sejam físicos ou químicos... onde será que eles pensam que o vizinho
da barraca, do quiosque e que come todas as porcarias que se vende na praia
estão fazendo as suas necessidades fisiológicas? Quem já foi atingido por um
desses “troços” dificilmente leva uma boa lembrança ou volta à cidade.
Quando o som estridente das buzinas e dos alto falantes dos
carros incomodam milhares de pessoas nas suas casas e apartamentos, a gente não
fica pensando que tem que aguentar isso porque é temporada. Pensa que paga uma
fortuna de IPTU e condomínio e que para ter esse tipo de “descanso” é melhor
procurar outro lugar.
Quando os visitantes, ou seus filhos, foram assaltados por
trombadinhas na avenida da praia ou ruas próximas, não pensem que ele ficou
analisando se a segurança é uma questão do estado e não da prefeitura, se é
problema da polícia militar, civil ou da guarda municipal.
Uma grande parte deles preferiu passar suas férias em outra
cidade. E o que pode ter sido pior, propagou a notícia, verdadeira ou falsa, de
que Guarujá não é uma cidade segura. Mais alguns milhares deixaram, por cautela
de virem aqui.
Uma das unanimidades sobre o Guarujá é a beleza das suas
praias. Isso quando a gente pode ver a praia ou quando não tem algum monumento
ao mau gosto impedindo que a gente as veja.
Estou falando das barracas imundas, dos quiosques
desleixados, sujos e sem banheiros e dos quiosques de sorvete, esses que
transformaram a avenida de todas as praias de propaganda gratuita das
multinacionais que repetem exaustivamente seu nome e não se preocupam com a
qualidade. Esses quiosques de fibra de vidro vendem mais refrigerantes,
salgados e cerveja do que sorvete propriamente dito. E isso é culpa da atual
administração porque no mínimo isso ela já poderia ter resolvido.
Pela lógica, todo mundo vendendo de tudo só pode querer
dizer que poucos vão ganhar o suficiente. Aí tem que colocar música ao vivo e
na pior das hipóteses vender drogas.
Ninguém é ingênuo a ponto de achar que todos os políticos no
Brasil são honestos ou desonestos. Cada
um tem seu pecado, grande ou pequeno, já descoberto ou não. Mas políticos
experientes não deveriam vender a honra da cidade a troco de deixá-la feia e
desagradável.
Com tantas maneiras escusas e menos aparentes, licitações,
precatórios e outros roubos financeiros, alguns políticos no passado preferiram
trocar por votos as autorizações ilegais para ambulantes, quiosques e todas as
outras mazelas que se conhece.
Até o momento a atual administração não corrigiu esses
desmandos, permitindo pensar que será mais uma a seguir a mesma escola. Escola péssima,
resultado desastroso. Da morte ao ostracismo passando pela cadeia.
Finalizando. A temporada vai ser péssima! O resultado
aparente está nas fotos e textos do www.sosguaruja.com e os resultados ocultos
serão conhecidos pela história, que já condenou outros administradores que o
Guarujá teve por conta da ignorância dos seus eleitores e por pensarem que dá
para enganar todo mundo por todo o tempo.
A tacada foi dada e nem vai ser preciso cantar a caçapa.
Vai ser outro suicídio!
Vai ser outro suicídio!
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