Desordem e sujeira mais do que duplicam o número dos que jogam lixo na sarjeta e roubam
Veja o artigo na íntegra publicado pela Folha de São Paulo em 18 de julho de 2.009
http://docs.google.com/View?id=dcmrw8wt_160ffq3cdhb
A DETERIORAÇÃO da paisagem urbana é lida como ausência dos poderes públicos, portanto enfraquece os controles impostos pela comunidade, aumenta a insegurança coletiva e convida à prática de crimes. Essa tese, defendida pela primeira vez em 1982 pelos americanos James Wilson e George Kelling, recebeu o nome de "teoria das janelas quebradas".
Segundo ela, a presença de lixo nas ruas e de grafite sujo nas paredes provoca mais desordem, induz ao vandalismo e aos pequenos crimes. Com base nessas idéias, a cidade de Nova York iniciou, nos anos 1990, uma campanha para remover os grafites do metrô, que resultou numa diminuição dos crimes realizados em suas dependências.
O sucesso da iniciativa serviu de base para a política de "tolerância zero" posta em prática a seguir.
Medidas semelhantes foram adotadas em diversas cidades dos Estados Unidos, da Inglaterra, da Holanda, da Indonésia e da África do Sul. Mas, apesar da popularidade, a teoria das janelas quebradas gerou controvérsias nos meios acadêmicos, por falta de dados empíricos capazes de comprová-la.
A mensagem é clara: desordem e sujeira nas ruas mais do que duplicam o número de pessoas que joga lixo na sarjeta e rouba.
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